27-OUT-2010
É sabido que o silêncio total, hoje em dia, é muito
difícil de alcançar. Mas quando ele é quebrado, apenas, por um chilrear
de uma ave, ou pelo vento que toca nas folhas de árvores, a sensação de
paz, é inegavelmente sentida. E é essa sensação que a Área Protegida da
Lagoa de Bertiandos e S. Pedro de Arcos, em Ponte de Lima, nos convida a
ter.O espaço natural é um santuário de espécies protegidas
que o escolhem para habitar ou para residir nos ritmos da hibernação.
Por caminhos de terra, pontes em madeira construídas sobre as zonas de
água e de terreno húmido, o reencontro entre o homem e a natureza,
encontra, em Ponte de Lima, um local de eleição.Em 2000
ostentou o título de área protegida regional. Cinco anos depois, o
estatuto eleva-se e passa a ser classificada como Sítio Ramsar, ganhando
assim a classificação de Zona Húmida de Importância Internacional.
Razões? As espécies raras, pode ser uma; as mais de cinco centenas de
categorias distintas de flora, outra.Sem contar com os
animais que ali habitam e que se tornam o desejo maior de um disparo de
máquina fotográfica, ou, provavelmente, o facto de o espaço cruzar
mosaicos de paisagens desde zonas florestais, a zonas reconhecidamente
agrícolas, em que as tradições ganham lugar na modernidade dos tempos.Desde
zonas húmidas a não húmidas, bosquetes florestais de vegetação natural,
pastagens e áreas agrícolas, desenvolvendo-se ao longo de um sistema
lacustre permanente, irrigado por canais naturais e atravessado pelo rio
Estorãos, são muitos os quadros pintado em "cor natura".E
tudo isto é oferecido de uma forma organizada. Quem visita o espaço tem
ao seu dispor percursos devidamente marcados, que poderão ser de pouco
mais de um quilómetro ou, caso a vontade o diga, mais de cinco.Percorrem-se
cenários únicos a pé ou de bicicleta que podem ser requisitadas no
centro de interpretação ali existente. No caminho, com um pouco de
sorte, poderão ver-se os animais mais tímidos que preferem o anonimato
das árvores e das águas, como as lontras ou ainda o pica-pau, que para,
além de se esconder, parece brincar com os visitantes com o seu chilrear
que mais parece um riso.No posto de recepção pode obter informações
sobre as espécies, bem como visitar exposições e trabalhos de crianças
de escolas do concelho de Ponte de Lima; pois a sensibilização
ambiental é uma das apostas.
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